28 janeiro 2008

Igualdade de Género, uma realidade social que exige intrevenção



O direito de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres surge na nossa sociedade como uma questão de somenos importância, camuflada pela ideia errada de que o nosso espírito aberto e democrático não discrimina e que quem o faz é uma minoria de incautos extraterrestres de quem já ouvimos falar, mas que nem conhecemos.

Na verdade, quando analisamos friamente as estatísticas relativas à igualdade de oportunidades no trabalho, ficamos quase que surpres@s com a frieza da desigualdade de tratamento ali espelhada. Da mesma forma, quando comparamos a posição dos dois géneros em lugares de decisão verifica-se que a predominância do sexo masculino sobre o feminino é abismal. A lista discriminatória aparece em todos os sectores da sociedade, inclusive em casa. Aqui a mulher domina sobre o homem. No espaço "lar" só existe um aspecto que o masculino ainda vai controlando... o dinheiro!

Logo, urge questionar se as questões de género são assim tão banais: Será que a luta pelo direito à igualdade de oportunidades é algo que se deva remeter para um grupo de mulheres mais radicais e elas que se desenrasquem? Devemos atribuir culpas ao género oposto e iniciar uma terrível guerra de sexos? ou pelo contrário, iniciar um debate na sociedade que mobilize pessoas para combater estas desigualdades? Criar estruturas transitórias, que suavizem a transição para uma sociedade mais igualitária?

Bem, não há respostas fáceis. Não existem culpas a atribuir em especial a nenhum dos géneros. Somos tod@s responsáveis pelo estado das coisas, inclusive pela evolução positiva que se tem assistido nos últimos anos, mas que é manifestamente insuficiente para atingirmos um pleno estado de igualdade. Contudo, enquanto cidadãos e cidadãs não podemos ficar de braços cruzados à espera que as coisas se resolvam por si, a pensar que os fundos comunitários irão miraculosamente transformar a sociedade.

Por estas razões, entendi, em conjunto com outr@s militantes do meu partido, propor a criação do Departamento Regional das Mulheres Socialistas da Madeira. Essa proposta de alteração estatutária foi aprovada por larga maioria. Não seria consequente da minha parte apresentar tal proposta e não concorrer ao órgão. Seria quase que deselegante perante os que me acompanharam nesse processo e que tanto insistiram para que avançasse. Assim, porque entendo que tenho ideias claras para onde quero que a sociedade vá nesta matéria, porque estou acompanhada de mulheres e homens fantásticos, tenho a certeza que irei contribuir muito positivamente para levar a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres a ser uma realidade social cada vez mais próxima.